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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O consumo alienado é caracterizado pela influência que a mídia impõem,o consumidor alienado compra apenas por estar na moda e em evidência.Várias bandas,artistas e cantores ja compuseram músicas  e fizeram sucesso com esse tema como Renato Russo-Geração Coca-Cola,P!nk-Stupid girls,Travie McCoy-Billionaire e muitas outras.Postaremos no blog o vídeo do grupo de Hip-Hop Hungria com a música Bens materiais,que retrata  bem como a sociedade está alheia ao consumismo.

Bens Materiais

Hungria

Composição: Hungria HipHop
Eu tenho pena de você
haa ha so nas marcas so de patrão
hugria bens materiais sete mares,
mormaii, quicksilver, billabong,
os mano doc dog e as mina calça da gang,
von dutch na cabeça, celular V3, bermuda
da okley, adidas A3,
atol da rocas, mizuno, MCD, conduta, XXL,
reebok, pixa-in, onbongo, nicoboco, nike,
dolce, gabanna, puma, diesel, Rip Curl,
e as mina xona,
redley, lost, levi's, mulher do padre
só roupa de grife collcci combate nas festas
nois comanda estilo elemento
ai é nois camisa da acostamento
em churras de regata mó calor de dia
se for de noite camisa de malha fria
nike shox NZ, turbo R4 no carro som
batendo banco recaro
Allstar olimpikus bull-terrier
num é sempre assim mais
é assim que tem que ser
volcom fico cyclone maresia
total 90 classic energia
meter uma marra na facu ou na escola
adidas hellbender tenis 12 mola
o tempo passa lento rave amanha
greenish red nose oculos Ray Ban
palio civic audi corolla pra que real
pagamento é em dólar
deca winstrol hemogenin estigor as minas
ultimamente tão chamando de amor
umbro importada pra bater uma bola
bermuda seleção camisa coca cola
stanley dript "M" office comanda ir pro clube
de sandalia mete uma havaiana
as mina se amarra no estilo bem patrão
5cm contado parachoque lambe ao chão
o som tem que ser Sony tem que tem um DVD
contagiro no painel roda D-U-B
brinco de argola orelha furada os mano
se apresenta as mina se amarra
estados unidos Italia Japão
nike shox europeu sem ostentação
na atividade nunca parado conversando com os muleque
e nas mina so vendo lado
a falsidade se apresenta de acordo com a sua roupa
cordão de prata bone bermuda touca
vaidade consumismo no shopping na avenida
as mina vira fã fica loca pira
mais nada é simples sempre batalhando
se a vida fosse facil eu não nascia chorando
trabalha pra caramba no batente no sacode
a vida é mto dura so pra quem é mto mole
yate jet-ski fazer um cruzeiro
ilhas do caribe reveillon Rio de Janeiro...
haha e nois Hungria, diretamente de Brasilia!
Confira o clipe no link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=aAF8oVuvScM

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Alienação segundo Karl Marx e Hegel

O conceito de alienação tem raízes no pensamento de Hegel e Karl Marx, mas cabe destacar uma importante observação complementar, a de Ludwig Feuerbach, mestre de Marx, para quem as formas paroxísticas da alienação humana seriam o êxtase e o arrebatamento religiosos.
Para Hegel, a alienação é um processo essencial pelo qual a consciência ainda ingênua, convencida de que a realidade do mundo é independente dela mesma, chega a tornar-se consciência de si. Essa transformação da consciência em consciência de si é descrita na Phänomenologie des Geistes (1807; Fenomenologia do espírito). Para Hegel, o concreto reside na unidade dos termos contraditórios que entram em confronto. Cada termo é a negação de seu próprio oposto, sendo o movimento interno do sujeito a "negação da negação". A luta desses opostos é mortal, pois o ser de cada um deles está no outro, que o desafia e nega. A posse de si mesmo fica assim condicionada à destruição do outro, que detém a verdade e o absoluto. Concebida nesses termos, a alienação é, portanto, além de profunda, necessariamente intrínseca e primordial: o ser de cada indivíduo não reside em si próprio e sim em seu oposto, no qual corre o risco de se diluir.



Para Marx, a alienação refere-se a uma situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade, caracterizada por ele sobretudo no sistema capitalista, em que o trabalho humano se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem a produziu, para se transformarem, indistintamente, em mercadorias.



Marx, situando o homem na raiz da história (o homem concreto, que define com o trabalho sua relação com seus semelhantes e com a natureza), inverte a dialética hegeliana. De acordo com a dialética de Marx, o processo de alienação leva o ser genérico do homem -- expresso pelo trabalho -- a converter-se em instrumento de sua sobrevivência, o que ocorre, primeiro, na relação do produtor com o produto e, em seguida, na relação do produtor com os consumidores do produto. A alienação transforma o operário em escravo de seu objeto, mas o processo não se detém aí, já que o trabalho é mercadoria que produz bens de consumo para outrem. Na verdade, ocorre a alienação do homem perante o próprio homem: ao produzir um bem que não lhe pertence, o homem propicia o jugo daquele que não produz sobre a produção e o produto, deixando assim que o outro, alheio à produção, se aproprie dela.





fonte:
http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/alienacao.php

terça-feira, 17 de agosto de 2010

                                                        Alienação


  Esses jovens de hoje, tão alienados...". Esta expressão, que a maioria de nós já ouviu alguma vez na vida, provavelmente foi entendida como se referindo ao fato de que, na juventude, não temos muita responsabilidade, queremos mais é curtir a vida. Mas, afinal de contas, será que somos alienados? O que é, então, alienação?
O conceito de alienação é comum a vários domínios do saber. Em psicologia e psiquiatria, fala-se de alienação para designar o estado mental da pessoa cuja ligação com o mundo circundante está enfraquecida. Em antropologia, a alienação é o estado de um povo forçado a abandonar seus valores culturais para assumir os do colonizador. Em sociologia e comunicação, discute-se a alienação que a publicidade e os meios de comunicação suscitam, dirigindo a vontade das massas, criando necessidades de consumo artificiais e desviando o interesse das pessoas para atividades passivas e não participativas.

Em filosofia política, fala-se de alienação para designar a condição do trabalhador que, à semelhança de uma peça de engrenagem, integra a estrutura de uma unidade de produção sem ter nenhum poder de decisão sobre sua própria atividade nem direitos sobre o que produz. Transcendendo o âmbito da produção, a alienação se estende às decisões políticas sobre o destino da sociedade, das quais as grandes massas permanecem alijadas, e mesmo ao âmbito das vontades individuais, orientadas pela publicidade e pelos meios de comunicação de massas.
O termo entrou no vocabulário contemporâneo graças a Karl Marx, que, assim como no caso do conceito de dialética, retirou a idéia de alienação de suas leituras de Hegel, mas o revestiu de um caráter inovador e, como em tudo em Marx, muito crítico.
Tanto em Marx quanto em Hegel, alienação está ligada ao trabalho. Para Hegel, o trabalho é a essência do homem, quer dizer, é somente por meio de seu trabalho que o homem pode realizar plenamente suas habilidades em produções materiais.
Mas quando o pensamento puro se torna pensamento sensível, visando uma realização material na forma de trabalho, nos alienamos, isto é, nos separamos da essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real, que de novo irão se unir ao que Hegel chama de Espírito Absoluto.
Muito abstrato? Marx também achou, mas viu nestas idéias algo interessante, que poderia explicar as relações sociais no capitalismo e, mais do que isso, desvendar um dispositivo fundamental da máquina capitalista.
Para isso, voltou-se para a realidade concreta, em que os trabalhadores eram explorados em fábricas e deixavam seus patrões cada vez mais ricos, enquanto eles e suas famílias ficavam cada vez mais pobres. Como poderiam aceitar tal coisa?
 
                                     Trabalho Alienado

  Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é. Isso parece familiar? Pois é, vamos ver os detalhes.
O filósofo alemão concebeu diferentes formas de alienação, como a religião ou o Estado, em que o homem, longe de tornar-se livre, cada vez mais se aprisionaria. Mas uma alienação é básica, segundo Marx: a alienação econômica.
A alienação econômica pode ser descrita de duas formas: o trabalho como (a) atividade fragmentada e como (b) produto apropriado por outros.

                                 Lazer Alienado


  O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do tempo livre destinado ao lazer.
A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro, filmes, livros, shows, jornais e revistas como qualquer outra mercadoria. E o consumidor alienado compra seu lazer da mesma maneira como compra seu sabonete. Consome os “filmes da moda” e frequenta os “lugares badalados” sem um envolvimento autêntico com o que faz.
Agindo desse modo, muitos se es­forçam e fingem que estão se divertindo, pensam que estão se divertindo, querem acreditar que estão se divertindo. Na verdade, “através da máscara da alegria se esconde uma crescente incapacidade para o verdadeiro prazer.

                                   Consumo Alienado

  Num mundo em que predomina a produção alienada, também o consumo tende a ser alienado. A produção em massa tem por corolário o consumo de massa.

O problema da sociedade de consumo é que as necessidades são artificialmente estimuladas, sobretudo pelos meios de comunicação de massa, levando os indivíduos a consumirem de maneira alienada.
Como o consumo alienado não é um meio, mas um fim em si, torna-se um poço sem fundo, desejo nunca satisfeito, um sempre querer mais. A ânsia do consumo perde toda relação com as necessidades reais do homem, o que faz com que as pessoas gastem sempre mais do que têm. O próprio comércio facilita tudo isso com as prestações, cartões de crédito, liquidações e ofertas de ocasião "dia das mães" etc.

Mas há um contraponto importante no processo de estimulação artificial do consumo supérfluo - notado não só na propaganda, mas na televisão, nas novelas -, que é a existência de grande parcela da população com baixo poder aquisitivo, reduzida apenas ao desejo de consumir. O que faz com que essa massa desprotegida não se revolte?
Há mecanismos na própria sociedade que impedem a tomada de consciência: as pessoas têm a ilusão de que vivem numa sociedade de mobilidade social e que, pelo empenho no trabalho, pelo estudo, há possibilidade de mudança, ou seja, "um dia eu chego lá".E se não chegam, "é porque não tiveram sorte ou competência".








Fontes:

http://educacao.uol.com.br/filosofia/marx-alienacao.jhtm
http://gustavohbo.wordpress.com/2009/02/10/lazer-alienado/
http://textosfilo.blogspot.com/2008/09/o-consumo-alienado.html